Esclarecimentos sobre o Sínodo Especial para a
Amazônia
Dom
Frei Wilmar Santin, O.Carm.
O que é um Sínodo? A
palavra “sínodo” tem sua origem em duas palavras gregas: “syn”, que significa “juntos”, e “hodos”, que significa “estrada ou caminho”. A união das
duas palavras formou no latim a palavra “sinudus”
com o significado de “caminhar juntos”.
O
Código de Direito Canônico define o que é o Sínodo no Cân. 342: “O Sínodo dos Bispos é a assembleia dos
Bispos que, escolhidos das diversas regiões do mundo, reúnem-se em determinados
tempos, para promover a estreita união entre o Romano Pontífice e os Bispos,
para auxiliar com seu conselho ao Romano Pontífice, na preservação e
crescimento da fé e dos costumes, na observância e consolidação da disciplina
eclesiástica, e ainda para examinar questões que se referem à ação da Igreja no
mundo”.
Na estrutura atual, o Sínodo dos Bispos foi instituído pelo Papa Paulo
VI com o Motu proprio “Apostolica sollicitudo” de 15 de setembro de
1965. Portanto, ainda durante o Concílio Vaticano II.
O Sínodo da Pan-Amazônia
O Papa Francisco convocou um Sínodo Especial para a
Amazônia no 15 de outubro
de 2017. Esse Sínodo é para a Pan-Amazônia, ou seja, para todos países que têm a floresta amazônica em seu território,
a saber, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, as Guianas Francesa e Inglesa, Peru,
Suriname e Venezuela.
O que o Papa quer com este Sínodo? Ele mesmo responde:
“Atendendo o desejo de algumas Conferências
Episcopais da América Latina, assim como ouvindo a voz de muitos pastores e fiéis
de várias partes do mundo, decidi convocar uma Assembleia Especial do
Sínodo dos Bispos para a região Pan-amazônica. O Sínodo será em Roma, em outubro de 2019. O objetivo
principal desta convocação é identificar novos caminhos para
a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos
indígenas, frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno,
também por causa da crise da Floresta Amazônica,
pulmão de capital importância para nosso planeta. Que
os novos Santos[1]
intercedam por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação,
todos os povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele
iluminados, percorram caminhos de justiça e de paz”.
Portanto, o Papa Francisco quer que se encontre novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia
integral. O Sucessor de Pedro quer também que o Sínodo seja
uma oportunidade para a Igreja ouvir a vontade de Deus e o que o Espírito Santo
diz.[2]
O Sínodo será realizado em Roma de 06 a 27 de
outubro de 2019. Participarão todos os Bispos Titulares e Auxiliares da
Pan-Amazônia. Também participarão alguns convidados e assessores.[3]
Por isso, está altamente iludido quem pensa que pode participar do
Sínodo sem ser bispo ou convidado. Também está muito desinformado e equivocado quem
pensa que o Sínodo para a Amazônia tem como finalidade criticar os governos dos
países da Pan-Amazônia.
Este
Sínodo Especial não é uma espécie de paraquedas ou meteorito que cai em 2019, mas
é uma evolução normal de uma grande caminhada de atualização da Igreja, iniciada
com o Concílio Vaticano II. Tanto é que o cardeal Dom Cláudio Hummes afirma:
“Este Sínodo está no contexto da Evangelii Gaudium, da Laudato Si, da Misericordiae Vultus, da Conferência de Aparecida e do Concílio Vaticano
II”. Ele acrescenta ainda que o Sínodo “quer
resgatar aspectos do Vaticano II que ainda não foram desenvolvidos” e que “o
Sínodo não foi convocado para repetir o que a Igreja já diz, mas para avançar”.
O Sínodo é uma oportunidade de ouro que Deus concede à Igreja da
Amazônia para encontrar novos caminhos
para a evangelização e
assim se tornar uma Igreja com rosto mais amazônico, ou seja, uma Igreja mais missionária,
com clero e ministros próprios, com estrutura que favoreça a participação geral
dos fiéis, com uma catequese de Iniciação à Vida Cristã que aproveita elementos próprios da cultura local, que leve em consideração a piedade popular própria dos povos
amazônicos, que defenda o meio ambiente, que se envolva “em projetos de desenvolvimento sustentável, a
partir da fé, e a luta por melhores condições de vida nas grandes periferias
urbanas”[4], que seja solidária com seus povos – sobretudo os indígenas e ribeirinhos –, lutando em
favor dos mais pobres e sem voz, .....
Os
bispos têm uma consciência clara de que a missão da Igreja é evangelizar. São Paulo
VI esclarece: “Não haverá nunca
evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o reino,
o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem anunciados”.[5]
Portanto, começa com assumir a missão de Jesus proclamada na sinagoga de
Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção,
para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos
presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e
proclamar um ano de graça da parte do Senhor” (Lc 4,18-19).
Consequentemente, a ação evangelizadora da Igreja deve ter a preocupação com o
social. É São Paulo VI quem afirma: “é
impossível aceitar que a obra da evangelização possa ou deva negligenciar os
problemas extremamente graves, agitados sobremaneira hoje em dia, no que se
refere à justiça, à libertação, ao desenvolvimento e à paz no mundo. Se isso
porventura acontecesse, seria ignorar a doutrina do Evangelho sobre o amor para
com o próximo que sofre ou se encontra em necessidade”.[6]
Nunca
se consegue evangelizar verdadeiramente sem uma conversão pessoal, que é
condição para se fazer uma conversão pastoral. Tanto é que os bispos reunidos
em Aparecida frisaram: “A conversão pessoal desperta a capacidade de
submeter tudo a serviço da instauração do reino da vida. Os bispos, presbíteros, diáconos permanentes,
consagrados e consagradas, leigos e leigas, são chamados a assumir uma atitude
de permanente conversão pastoral, que envolve escutar com atenção e discernir
“o que o Espírito está dizendo às Igrejas” (Ap 2,29) através dos sinais dos
tempos nos quais Deus se manifesta”. ... “A
conversão pastoral de nossas comunidades exige que se vá além de uma pastoral
de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária. Assim, será possível que “o único programa
do Evangelho siga introduzindo-se na história de cada comunidade eclesial” com
novo ardor missionário, fazendo com que a Igreja se manifeste como uma mãe que
nos sai ao encontro, uma casa acolhedora, uma escola permanente de comunhão
missionária” (DAp 366 e 370). O Papa Francisco na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium foi muito incisivo: “Espero
que todas as comunidades se esforcem por atuar os meios necessários para
avançar no caminho duma conversão pastoral e missionária, que não pode deixar
as coisas como estão. Neste momento,
não nos serve uma «simples administração». Constituamo-nos em «estado
permanente de missão», em todas as regiões da terra” (EG 25). Por isso, o Sínodo
deve propor novos caminhos para a conversão pastoral, sem esquecer a conversão
pessoal.
É certo que o Sínodo vai tratar de problemas da região amazônica, mas suas conclusões poderão servir para Igreja toda, porque tudo está conectado e interligado, como o Papa Francisco recorda. Portanto, o Sínodo não terá consequências somente para quem vive na Amazônia ou para os povos indígenas, como muitos estão pensando, e sim para a Igreja como um todo. Nisto dá para perceber a grande importância do Sínodo.
O Papa tem um carinho e uma preocupação toda especial para com os povos indígenas. Sente um apelo de Deus para defender estes povos tão criticados, perseguidos, violados em seus direitos e até massacrados. Por isso o assunto estará em pauta durante o Sínodo. Mas também entrarão outros grandes e importantes temas, tais como: a pastoral urbana, a inculturação, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, a organização das comunidades, os ministérios, o papel profético da Igreja e a promoção humana, além, é claro, a ecologia.
É certo que o Sínodo vai tratar de problemas da região amazônica, mas suas conclusões poderão servir para Igreja toda, porque tudo está conectado e interligado, como o Papa Francisco recorda. Portanto, o Sínodo não terá consequências somente para quem vive na Amazônia ou para os povos indígenas, como muitos estão pensando, e sim para a Igreja como um todo. Nisto dá para perceber a grande importância do Sínodo.
O Papa tem um carinho e uma preocupação toda especial para com os povos indígenas. Sente um apelo de Deus para defender estes povos tão criticados, perseguidos, violados em seus direitos e até massacrados. Por isso o assunto estará em pauta durante o Sínodo. Mas também entrarão outros grandes e importantes temas, tais como: a pastoral urbana, a inculturação, o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, a organização das comunidades, os ministérios, o papel profético da Igreja e a promoção humana, além, é claro, a ecologia.
Muita gente não entende o porquê da Igreja se preocupar com a ecologia.
Diz que isto não tem nada a ver com a fé ou religião. Ledo e terrível engano!
Porque trata-se da criação e da nossa Casa Comum. A criação é um dom de Deus para toda a humanidade. Deus confiou à humanidade o
cuidado da criação. Deu-a para o ser humano como herança a ser preservada,
cuidada e aperfeiçoada, e não para ser destruída e poluída. Parece que a
humanidade está agindo como o filho pródigo da parábola, que esbanjou e acabou
com toda a herança e depois passou fome. A Encíclica Laudato Si’ mostra claramente a nossa responsabilidade em relação
ao cuidado da nossa Casa Comum. O Papa Francisco, numa carta pessoal, me
escreveu: “O Beato Paulo VI teria dito
que ‘Cristo aponta para a Amazônia!’ Eu acrescentaria: ‘e o mundo precisa olhar
para a Amazônia!’ Neste sentido, penso
que vocês têm uma missão especial: dar ao mundo de hoje uma lição de como os
seres humanos devem viver a sua relação com a nossa Casa Comum, a criação que
Deus nos confiou, lembrando que «não somos Deus. A terra existe antes de
nós e foi-nos dada (...). Isto implica uma relação de reciprocidade responsável
entre o ser humano e a natureza. Cada comunidade pode tomar da
bondade da terra aquilo de que necessita para a sua sobrevivência, mas tem
também o dever de a proteger e garantir a continuidade da sua fertilidade para
as gerações futuras» (Laudato si’, 67)”.
O Sínodo é consultivo ou deliberativo?
Um Sínodo normalmente não é deliberativo e sim consultivo. É um
instrumento de ajuda ao Papa. No Sínodo, o Papa escuta as propostas dos Bispos
e depois, com calma, emite um documento chamado Exortação Apostólica, no qual resume e aprova as principais conclusões
dos bispos durante as reuniões.
Desta vez,
porém, o Sínodo poderá ser deliberativo.
Isso porque o Papa Francisco, em 15 de setembro de 2018 – aniversário do Motu proprio “Apostolica sollicitudo”
de Paulo VI, promulgou a Constituição Apostólica “Episcopalis Communio” estabelecendo, no art. 18, que:
Ҥ 1. Aprovado pelos Membros, o
Documento final da Assembleia é apresentado ao Romano Pontífice, que decide
sobre sua publicação.
Se
expressamente aprovado pelo Romano Pontífice, o Documento final faz parte do
Magistério ordinário do Sucessor de Pedro.
§ 2. Caso o Romano Pontífice tenha
concedido à Assembleia do Sínodo potestade deliberativa, segundo as normas do
cân. 343 do Código de Direito Canônico, o Documento final faz parte do
Magistério ordinário do Sucessor de Pedro uma vez ratificado e promulgado por
ele.
Neste caso, o
Documento final será publicado com assinatura do Romano Pontífice juntamente
com a dos Membros”.
O Instrumentum laboris
É desejo do Papa Francisco que se escute o máximo possível de pessoas. A
escuta principal, a partir de um documento preparatório, já foi feita em todas
as dioceses e prelazias no segundo semestre do ano passado. O resumo e sistematização
da escuta deu origem ao documento chamado Instrumentum
laboris (Instrumento de trabalho). Este
documento reflete as respostas de mais de 87.000 pessoas de todas as classes
sociais e condições. Não houve preocupação de consultar sobre doutrina,
teologia ou Bíblia. As perguntas foram sobre a Igreja, a vida, a ecologia, a
respeito de problemas da Amazônia, sobre a situação do povo em geral, etc. Membros
da comissão de síntese disseram que aquilo que mais os impressionou nas
respostas foi a manifestação de dor e sofrimento que grande parte dos povos
amazônicos estão vivendo. Por isso o Instrumentum
laboris não é um documento doutrinário ou teológico. “O Sínodo não
toma decisões doutrinais. É um encontro de caráter pastoral, para trocar
ideias, fazer recomendações para uma pastoral mais efetiva em zonas
importantes, como a América Latina”, como afirma o Superior
Geral dos jesuítas, Pe. Arturo Sosa. Consequentemente não
há sentido, como alguns estão insinuando erroneamente, em dizer que é um
documento herético. Também não é um documento já pronto. É um ponto de partida
e não o porto de chegada. Está sendo estudado nas comunidades, paróquias,
prelazias e dioceses. Vários encontros de estudos estão sendo realizados para
oferecer propostas novas e correções ao Instrumentum
laboris, inclusive cada país deve realizar um pré-sínodo neste sentido. No
Brasil foi em Belém, de 28 a 31 de agosto, com a presença de todos os bispos da
Amazônia brasileira. Portanto, este Sínodo não terá só a voz dos bispos, mas
também a voz dos povos amazônicos.
O desafio do Sínodo: dar respostas
novas
Problemas e desafios novos exigem da Igreja respostas novas. Vou dar apenas
três exemplos. Fui visitar um garimpo e conversei com um membro da Assembleia
de Deus. Ele é do Maranhão. Foi uma conversa bem agradável e respeitosa. De
repente ele me disse: “Tenho dois irmãos padres e uma irmã religiosa”.
Perguntei-lhe por que tinha deixado a Igreja Católica. Ele me disse que quando
chegou ali não havia uma igreja católica para ir rezar e escutar a Palavra de
Deus. Por isso foi para a Assembleia e está ali até hoje. Este caso, que não é
isolado, revela que a nossa Igreja deve mudar e adaptar a sua estrutura para se
tornar mais ágil nas decisões para ter uma presença em todos os rincões e
recantos, e assim poder matar a fome da Palavra de Deus que o povo tem.
O
italiano Pe. Nello Ruffaldi dedicou quase toda sua vida sacerdotal aos indígenas
da Amazônia. Ele me contou como foi a sua experiência de preparar Ministros
Tiriyó e Kaxuyana na área do Parque de Tumucumaque. O que mais o impressionou
foi aquilo que um índio Tiriyó lhe disse: “Eu sou catequista há trinta anos;
quando o padre não está eu dirijo o culto; prego a palavra de Deus, mas nada
mais: para celebrar Batismo, Casamento, Missa e tudo mais é necessária a
presença do padre. Só eles podem realizar determinadas celebrações. Chega a
Igreja Batista, converte um pessoal indígena; pega umas pessoas; dá um treinamento
de alguns meses e elas se tornam pastores. Sendo assim os pastores índios agora
dirigem a igreja: batizam, casam, fazem culto, recebem dízimo e tudo mais. Eles
adquirem grande respeito e são muito considerados pelo nosso povo e nós somos
vistos como coroinhas dos padres de fora”. Esta é uma realidade que o Sínodo
deve ter em conta. É um apelo para que se mude e se adapte a estrutura da
Igreja para ser mais eficiente e poder responder aos desafios da Evangelização.
Isso vale não só para a realidade indígena, mas também para a realidade urbana.
Um
grande desafio é a situação dos chamados “filhos/as do garimpo”. O sofrimento
de crianças, adolescentes e jovens, frutos de aventuras nos garimpos, crescem e
se desenvolvem sem uma estrutura familiar e sem receber o amor necessário. A
maioria não sabe quem é o pai. Muitos têm a sorte de serem criados pelos avós.
Mas o fato de nunca terem recebido nem mesmo um abraço do pai ou da mãe produz
marcas profundas nos seus corações. Principalmente as meninas, por serem mais
sensíveis, são as que mais sofrem. Como acolher e fazer com que se sintam
filhos/as de Deus? É uma situação nova e desafiante que a catequese tradicional
não consegue dar uma resposta satisfatória.
Estes
três exemplos mostram que Igreja deve encontrar soluções novas. É o próprio
Jesus quem recomenda: “Ninguém põe remendo de
pano novo em vestido velho; porque o remendo tira parte do vestido, e fica
maior a rotura. Nem se
põe vinho novo em odres velhos; de outro modo arrebentam os odres, e derrama-se
o vinho, e estragam-se os odres. Mas vinho novo é posto em odres novos, e ambos
se conservam” (Mt 9,16-17).
Ataques e calúnias contra o Sínodo
Críticas e sugestões serão sempre bem-vindas, mas alguns estão divulgando
falsidades, mentiras e fazendo distorções e ilações maldosas, e enganando muita
gente ingênua. Exemplos: dizer que o Instrumentum
laboris representa uma ruptura teológica porque é baseado numa teologia
índia – quem diz isto manifesta publicamente a sua ignorância, visto que o
documento não é doutrinal, mas a expressão daquilo que as pessoas falaram na
consulta; ou que o Sínodo tem como finalidade criticar o governo Bolsonaro – o
Sínodo foi convocado um ano antes da sua eleição com a finalidade para “encontrar novos caminhos para a Igreja e
para uma ecologia integral” [7];
ou ainda que é uma ação para internacionalizar a Amazônia. Sobre a
internacionalização da Amazônia, os
bispos da Amazônia brasileira têm uma posição bem definida: “Defendemos
vigorosamente a Amazônia, que abrange quase 60% do nosso Brasil. A soberania
brasileira sobre essa parte da Amazônia é para nós inquestionável”.[8]
O veneno, a calúnia e as “fake news”
que são lançadas contra o Sínodo Especial para a Amazônia nos dão o melhor
sinal de que o “inimigo” está incomodado, porque sabe que bons frutos serão
produzidos não só para a Amazônia, mas para a Igreja do mundo inteiro e que
“ele” vai perder.
O Sínodo vai
ajudar a Igreja da Amazônia “olhar para o
passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com
esperança”, [9] mas só produzirá frutos,
se os fiéis de cada diocese, prelazia, paróquia e
comunidade assumirem as conclusões e as colocarem em prática.
REZEMOS DIARIAMENTE PELO BOM ÊXITO DO SÍNODO E PARA QUE SEJA
COLOCAR VINHO NOVO EM ODRES NOVOS!
Oração pelo
Sínodo
Deus Pai,
Filho e Espírito Santo, iluminai com a vossa graça a Igreja que está na
Amazônia.
Ajudai-nos a
preparar com alegria, fé e esperança o Sínodo Pan-Amazônico: “Amazônia: novos
caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.
Abri nossos
olhos, nossa mente e coração para acolhermos o que vosso Espírito diz à Igreja
na Amazônia.
Suscitai
discípulas e discípulos missionários, que, pela palavra e o testemunho de vida,
anunciem o Evangelho aos povos da Amazônia, e assumam a defesa da terra, das
florestas e dos rios da região, contra a destruição, poluição e morte.
Nossa
Senhora de Nazaré, Rainha da Amazônia, intercedei por nós, para que nunca nos
faltem coragem e paixão, lado a lado com vosso Filho Jesus. Amém!
[1] São os santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, também
chamados de Protomártires do Brasil, canonizados no dia da convocação do Sínodo. Foram mortos no
interior do Rio Grande do Norte. Foram vítimas de duas chacinas, ambas no
ano de 1645, no contexto das invasões holandesas no Brasil. O
primeiro massacre ocorreu dentro da Capela de Nossa Senhora das Candeias,
no Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama; o segundo foi
na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante. Foram
beatificados em 5 de março de 2000 e canonizados ocorreu dia 15 de outubro de
2017.
[3] Por exemplo: o Papa nomeou 04
mulheres como assessoras da Secretaria Geral do Sínodo. Cf. <https://www.terra.com.br/noticias/mundo/papa-nomeia-mulheres-como-consultoras-do-sinodo-dos-bispos,917d5f63f10d4edc95a55862e0bbf249je7xdyn3.html>..
[5]
Evangelii Nuntiandi, 22.
[6]
Evangelii Nuntiandi, 31.
[7] Para
criticar um governo não é necessário convocar um Sínodo, basta dar uma
entrevista ou escrever algo nas redes sociais.
[8]
Carta do Encontro de
Estudo do Instrumento de Trabalho do Sínodo da Amazônia –
Belém, 30 de agosto de 2019.
[9] Papa Francisco. Carta apostólica do Papa Francisco
a todos os consagrados por ocasião do Ano da Vida Consagrada,
28/11/2014. <http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_lettera-ap_20141121_lettera-consacrati.html>